terça-feira, 7 de maio de 2013

Hoje é dia de torcer! vou ao Hospital

Em postagem anterior fiz menção ao serviço público e à falta de estrutura por que passam alguns órgãos, como os de saúde pública, gerando não só insatisfação de seus usuários como angústia, sofrimento, dor e falta de amparo...

Hoje, no mesmo sentido, tive que procurar um tratamento de saúde no Hospital Adventista de Belém, onde tenho plano de saúde há alguns tantos anos. Fico surpreso e profundamente triste ao perceber que não há evolução nos serviços! Se a privatização ocorre nesse país que seja para servir de exemplo benéfico ao serviço público a ser seguido, e não o contrário!

O Hospital Belém - como costumamos abreviar, penso que para não macular a imagem de nenhuma religião e manter o nível de descaso dessa cidade com seus cidadãos - aumentou a cobertura dos planos de saúde a diversos segmentos, empresas (públicas e privadas), e tentou inovar em pisos de mármore, computadores novos e elevadores... Mas esqueceram o principal: cuidar da vida!!!

Com o aumento da demanda, não se observou entretanto o número de leitos, de consultórios médicos para urgência/emergência, de guichês de atendimentos para marcação de consultas ou na própria urgência. Resultado: filas de espera de no mínimo 1h.

Seria de extremo mal gosto convidá-los a conhecer essa realidade, pois quem está passando mal já sofre bastante naquelas cadeiras acolchoadas. Mas faça um teste: ligue para a marcação de consultas (0800-723 0022 / 3084-8686) e veja quanto tempo irá demorar esse atendimento.

Outro cenário que ocorre rotineiramente, e não há como culpar os profissionais da área, são as filas longas, tempo de espera exagerado para atendimento e aplicação de medicamentos. Já não seria sofrimento bastante uma dor e uma falta de laudo médico adequado, ainda ter que torcer para que tenha um medicamento (daqueles baratos, pois o hospital não disponibiliza os mais caros no pronto-socorro, logo um alérgico a medicamentos, enfrenta um problema ainda maior)...

Absurdo! Diretores enriquecendo! Gente morrendo! Qualidade de vida diminuindo! 

Falo abertamente pois a direção do Hospital e sua ouvidoria (aquele lugar em que eles riem de nossa desgraça) já fechou suas portas de atendimento a mim e a muitos conhecidos. Esse é o primeiro momento de desabafo.

PROCON, ANS, Imprensa local, e quem mais puder ajudar uma população, agitem-se e reclamem! Que País Democrático é esse que veda o acesso à saúde? 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pensamentos e emoções guardadas no coração!

A internet ontem me boicotou de publicar o sentimento de saudade e de tristeza compartilhados pela comunidade Paraense, acadêmica e do círculo grandioso de amigos... Ainda assim, fiquei emocionado com tantas palavras bonitas escritas no facebook pelos amigos de nosso grande mestre: Ney Sardinha!

O contato inicial foi no CESUPA, sendo seu aluno de Direito Constitucional, entre puxões de orelhas severos e risadas gostosas, dentro e fora da faculdade. A amizade se intensificou com as conversas durante a musculação, quando descobri algo comum entre seus alunos: a amizade do professor Ney era intergeracional. Nossos pais são seus amigos, e assim seremos! Aliás, em classe era comum escutarmos ele falar com seu sorriso habitual que iria parar de dar aula quando chegassem os netos de seus alunos...  

Como tudo tem sua hora, até a hora de lanchar (sempre fora de sala), de sentar corretamente na cadeira ou de conversar ebriamente, os anjos vieram buscar uma alma bondosa para fazer a revolução nos céus!

Essas palavras fortes, precisas, sem medo de provocar e construir um mundo melhor ao seus netos e aos de seus alunos ficaram marcadas na memória, como motivação de ir em busca de ideais sempre grandiosos, magníficos, como foi o homem que me ensinou isso. Quando ouvi no dia da solenidade o parabéns do Ney pelo discurso (que elaborei com forte influência de seus pensamentos) me senti muito feliz! Mais feliz ainda de ter feito parte da turma que recebeu o seu nome como forma de homenagem. 
Turma Raimundo Ney Sardinha de Oliveira - CESUPA/DI10NA/08
Os abraços, os apertos de mão, os brindes serão eternizados pela saudade. Porque só fica o que é bom, o que nos faz bem. E o professor será sempre relembrado, requisitado, fonte de motivação quando nos depararmos com as dificuldades de nossa política e as atrocidades sem vergonha perpetradas por homens inescrupulosos, corruptos, para que nos tornemos fortes e conscientes com o mundo em que vivemos, à sua semelhança.

Achei interessante transcrever um trecho do filme V de Vingança que retrata as ideias do homem:

"(...) Testemunhei em primeira mão a força das ideias. Vi gente matar em nome delas e morrer defendendo-as. Mas você não pode beijar uma ideia. Não pode tocá-la ou abraçá-la. Ideias não sangram. Ideias não sentem dor. Elas não amam. E não é de uma ideia que eu sinto falta. É de um homem. Um homem que jamais esquecerei.(..)".
Vá em paz! Nossas orações são para nosso conforto e tranquilidade para seus familiares. Continuaremos lutando por aqui!

Noite de solenidade: "Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro" (D. Pedro II).