domingo, 25 de novembro de 2012

ENADE, a atualidade e o que não queremos.

Ainda não tenho muito conhecimento de causa para comentar sobre a prova do ENADE realizada neste domingo dia 25.11.12. Por enquanto, reúno apenas os aspectos negativos, tais como o horário de realização da prova (12:00h) totalmente desconfortável e o grande número de textos feitos para cansar o aluno (quais seriam os critérios a ser avaliados? Capacidade de leitura ou conhecimento específico? Não sei, então só levanto questionamento).

O que me chama a atenção, até por gostar da temática, é a constante menção nas últimas provas de concurso (ou no ENADE) sobre os temas que falam de Meio Ambiente, em especial ao Desenvolvimento Sustentável.

O assunto é recorrente plea importância midiática e pela própria conjectura globalizada que nos remete à preocupação com os recursos naturais.

O que faremos sem eles? 

Daremos aos nossos netos esse poder de decisão?

Com esse viés preocupante e alarmante, deparei-me com uma questão de conhecimentos gerais sobre Desenvolvimento Sustentável nesta prova do ENADE, com um espaço mínimo de 15 linhas (mais um aspecto negativo) para a resposta. Ainda assim, merece aplauso o Ministério da Educação por estimular o brasileiro a pensar de alguma forma sobre a proteção ao meio ambiente e ao desenvolvimento econômico (lembrando que o dever de casa não é atividade extracurricular dos cidadãos apenas, mas dos agentes político-administrativos, igualmente).

A outra questão na parte de conhecimentos gerais versa também sobre temas da atualidade, o que entendo como temeroso e angustiante. A proposta era falar sobre a violência atual, com especial atenção àquela cometida dentro das escolas. Que esteja na pauta da elaboração das políticas públicas! Entretanto, que não nos transforme em uma sociedade do medo.

Neste sentido, a semelhança entre as duas abordagens, é que tanto o Desenvolvimento Sustentável como a violência, em uma leitura rápida e superficial, nos caminham à aparente ideia de que há uma luta entre o bem e o mal. 

De qual lado você está?!

Pergunta direta, carregada de implicações sociais, políticas, econômicas, culturais...

Aproveito o ensejo para refletir sobre o tamanho dos muros que erguemos em nossas fortalezas, acompanhadas pelas cercas eletrificadas e câmeras de segurança com alta tecnologia. Será que adianta tanta proteção para nos prender em casa se a violência continua entrando pelas manchetes de jornais, pela televisão mentirosa e dissimuladora, pelo mau uso da internet...?

Espero que os próximos temas para serem refletidos em sala de aula tratem da inclusão do negro em condições de igualdade material, que incentivem a busca por tecnologias para facilitar o acesso dos deficientes físicos em qualquer esfera social, que aborde a capacidade - afetiva e responsável - que os homossexuais possuem em criar seus filhos... Enfim, que a violência seja discutida enquanto políticas públicas e não como o cenário montado para atuarmos no cotidiano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário