terça-feira, 19 de junho de 2012

Mistura que eles gostam.

 Atualmente, o bombardeio de informações que nos chegam todo dia através das mais diversas mídias e meios de comunicação servem como um desafio de armazenamento ao nosso cérebro. Será que é possível aprender e guardar tudo o que se vê, ouve, critica? Será que é possível fazer pesquisas sem o infiltrado "Google"?

Nesse cenário, quase apocalíptico, observamos músicas chicletes (não simplesmente porque grudam, mas perdem a graça tão logo ficam sem açúcar) tocando na sua rádio favorita, no seu cd recém gravado, no pen drive do amigo, no carro ao seu lado no semáforo, e até no toca-disco de seu avô...

Não precisa estar tão doido quanto um bolo (?!) mas quando o som lhe tocar o tímpano, não esquecerás jamais! E logo, logo estarás batendo o pé num ritmo animado ou gritando aqueles versos de paixão [universitária]. 

Até gosto destas músicas. Um país erudito demais seria chato, e não poderíamos deixar a mente vagar em um mar sonoro (tchuuu...tchaaa....tchuuu....tchaaa...), como ondas que vão e vem, que trazem a renovação.
Tão pouco conheço o nível de escolaridade dessas novas duplas sertanejas perdidas na solidão após uma superação emocional de sua fase emo, em que se intitulam como se fossem pares para homenagear seus antecessores e galgar nos seus sucessos, mas apresentam-se isoladamente no palco (Luan e Santana; Michel e Teló;  Gustavo Lima e Você [!!!]).

Isso pode ser considerada uma consequência da globalização em que levou nesses últimos anos o sertanejo do interior para o Brasil e para o mundo. O mesmo fenômeno está acontecendo com o brega e seus consectários do Norte do país, que se espalham pelo Brasilzão de todos nós.

O que me incomoda mesmo é ouvir a voz de um cantor famoso (de forró, por exemplo) e não entender que ritmo é aquele, pois se parece muito com o pagode que acabou de tocar, ainda mais quando descubro que a música está sendo cantada por um sertanejo e por um baiano carregado de axé, com uma mandinga para se afixar no seu cérebro mais forte do que a reza contida nas músicas rebobinadas da Xuxa.

To indo porque 2012 tá aí e promete ser cúmplice dos maias... aguardem o espetacular Show do Rei no final do ano, com essas novas revelações da música brasileira cantando as paixões de seus pais e avós.


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