quarta-feira, 9 de maio de 2012

Inaugurando

Um texto que enviei ao Diário do Pará certa vez:

Bela Cidade das Mangueiras. Tua referência nacional não transmite mais o sentimento de bucolismo, de ar puro como teus nostálgicos habitantes gostariam que fosse. Tão pouco mostras que não és mais detentora de frondosas árvores. Mas começas a dar passos retrógados e o cenário naturalístico é sinal de selvageria. Fato comprovado pela parcela da população “to nem aí” no que tange ao moralmente aceitável, ao socialmente esperado, ao ambientalmente sustentável. O pior nesse estágio de selvageria são os governantes que permitem nossa condição de sobreviventes ao invés de cidadãos de uma capital amazônica, construindo obras sem nenhum planejamento público, inserindo infra-estrutura nova em plena época do Círio, em que a cidade está abarrotada de turistas, que encontram o cenário caótico – agora agravado – do trânsito, da insegurança que somos obrigados a encarar diariamente. Perguntaria por quais ruas andariam nossos políticos, mas não acredito que eles estejam com os pés tão firmes na terra. Suas idéias e ações devem estar plainando em um espaço muito além da dura realidade.

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